Nasceu em Sertânia - Estado de Pernambuco. É
músico, compositor, cantor, ambientalista, pesquisador de ritmos regionais
brasileiros e escritor. Trabalha há 30 anos na área cultural, atuando como
empresário de eventos, marketing e diretor fonográfico. Desenvolve o trabalho
solo "Voz, Violão e Natureza”. É ainda vocalista, diretor e compositor da
“Banda Moxotó“, grupo pernambucano de renome nacional. Atua ainda como produtor
artístico da “Banda de Pífanos de Caruaru”, “Anastácia” e “Oswaldinho do
Acordeon”. Realizou quase 1500 eventos no Brasil.
A
guitarra distorcida solta um acorde (inicial), acordando quem ainda teima em
dormir, na escuridão de Descoberta. O que virá? É dia ou noite? Não
importa, pois a diversão está no sonho - “psico-mergulho”, da atriz e cantora Clarissa
Mayoral. É pura viagem? Parece ser... Mas, ao meu ver, existe uma mensagem
por trás do sonho da personagem central, retratando a juventude desviada (não
é: Juventude Transviada, original - Rebel Without a Cause -
1955), orgias movidas à própria idade dos atores figurantes das cenas, e
renascimento. Sem falso moralismo, ou fantasia libidinosa, Descoberta
(parece que) indica o caminho da claridade (limpeza de etanol e outros bichos),
ao focar o mar, a luz e a cor branca da roupa da citada personagem do
vídeoclipe.
A
correria na areia virgem é um quadro sobrenatural? Não é natural no rock in
(and) roll, iniciado ao som da reverberação da guitarra. É um filme com belas
fotografias, e uma beleza fenomenal da atriz-cantora. Um videoclipe tem que ser
desconcertante e divertido, para quem assiste, na trilha do que é pop
(popular), e possuir ingredientes musicais e cênicos. Descoberta revela
tudo isso e possui os tais ingredientes...
A
voz de Clarissa Mayoral soa com um timbre não comum. É agradável para os
ouvidos apurados, e áspero para a maioria. Esses opostos fazem diferença em um
grupo de intérpretes tão iguais e sem brilho próprio, na nova safra de artistas
brasileiras. Parece que surge uma cantora com personalidade, e que pode passear
em diversos estilos da música brasileira e internacional. Descoberta é o
nome de apresentação da multiartista, Clarissa Mayoral.
O
videoclipe - Descoberta será um veículo importante de divulgação, e
formador de opinião, ao mostrar para o dinâmico público da Internet e outras
mídias, que além de ótima atriz, cantora e apresentadora, a protagonista sabe
brincar com o público, cantar música pop e deixar no ar seu lado
transcendental. A diversão está garantida...
Ficha Técnica
Videoclipe: Descoberta Intérprete Musical e Atriz Protagonista: Clarissa Mayoral Música Tema: Descoberta (Fabian Aravales / Clarissa Mayoral) Produção: Singular Filmes Direção: Mario Mancuso Roteiro: Clarissa Mayoral / Mario Mancuso Direção de Fotografia: Fernando De Borthole Fotografia: Fernando De Borthole Ano: 2013
O projeto Primeiro Sinal, do SESC Consolação, abre espaço para primeiras produções de artistas em experiências diferenciadas, que estimulem a reflexão pelo espectador seja através da dramaturgia, da performance, da interpretação ou mescla de linguagens, buscando oferecer visibilidade a distintas e novas formas de pensar a poética teatral contemporânea.
No dia 28 de março, segunda-feira, às 21h, o Grupo Nohgátikus estreia o espetáculo Ponto de Partida, com direção de Pedro Braga. Nesta montagem, adaptação da peça homônima de Gianfrancesco Guarnieri, o grupo se utiliza das formas e princípios orientais do Teatro Noh, (forma clássica do teatro oriental), para montar um texto brasileiro da década de 70, e discutir os limites da criação artística construindo pontes entre o Japão medieval e o Brasil deste período.
Parábola da morte de Vladimir Herzog em 1975, Ponto de Partida fala do corpo de um poeta que pende de uma árvore na praça de uma aldeia medieval. A morte de um homem-livre perturba toda a população, pois ninguém acredita que alguém tão amante da vida e das pessoas pudesse pôr fim a própria existência. Com sua morte, inicia-se um inquérito para saber se foi suicídio ou assassinato. Através de uma fábula trágica, Guarnieri discute temas como os mecanismos de ação do poder e a potência transformadora da arte e da luta pela liberdade.
“A escolha do texto de Gianfrancesco Guarnieri tem relação com a busca de um diálogo aberto entre o passado e o presente, a tradição e a forma contemporânea. Se por um lado pretendemos relembrar a morte do jornalista, morto há exatos 35 anos, por outro desejamos remexer nesse assunto tão delicado e atual, que é o silêncio de uma população diante de um crime”, declara Pedro Braga.Com dois anos de existência e pesquisa vertical no campo das artes cênicas, o Grupo Nohgátikus já produziu duas peças: ‘Anima’ (2009) e ‘Ponto de Partida’ (2010). Surgido através da união de artistas provenientes de três escolas de teatro, o Departamento de Artes Cênicas da USP, o Instituto de Artes da UNICAMP e a SP Escola de Teatro.
O grupo é dirigido por Pedro Braga, formado pela ECA/USP no Bacharelado de Direção Teatral, cuja pesquisa, financiada pela FAPESP e orientada por Antônio Araújo, ganhou menção honrosa no Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP e originou o presente trabalho O Teatro sobre as Pontes: a Encenação Intercultural de Ponto de Partida.Além dele, músicos e iluminadores, aprendizes da SP Escola de Teatro, e atores da ECA/USP e do Instituto de Artes da UNICAMP, formam o Nohgátikus, cujo foco da pesquisa têm sido a questão: ‘Quais os limites, em termos do alcance da linguagem, do fazer teatral?’.
Em ‘Anima’, peça produzida ao longo do ano de 2009, o grupo partiu do livro ‘Um Sopro de Vida’, de Clarice Lispector, e através da presença de duas atrizes em cena, interpretando uma autora e a sua personagem, discutia metalinguisticamente o que é criar e qual o domínio do autor sobre a sua obra.
SERVIÇO
SESC Consolação
Espetáculo - Ponto de Partida
Direção Pedro Braga
Com Os Nohgátikus
Rua Dr. Vila Nova, 245
Espaço Beta- 3° Andar - São Paulo - SP
Temporada de 28 de março à 19 de abril
Segundas e terças às 21h
48 lugares - todos sentados
O público pode escolher sentar em almofadas no chão
Duração - 1h30'
Dia(s) 28/03, 29/03, 04/04, 05/04, 11/04, 12/04, 18/04, 19/04
Não recomendado para menores de 14 anos
Preços - R$ 10,00 (inteira) / R$ 5,00 / R$ 2,50
Sessão extra dia 12 de abril às 15h
(Terceira Idade e Classe Artística)
Ingressos já estão à venda pela Rede Ingresso Sesc
R$ 10,00 / R$ 5,00 / R$ 2,50
Encontro - atividade formativa
Dia 06 de abril das 13h30 às 17h30
Sala Delta - 7 andar
À venda pela rede Ingresso Sesc: R$ 4,00 / R$ 2,00 / R$ 1,00
FICHA TÉCNICA - PONTO DE PARTIDA
Adaptação da peça homônima de Gianfrancesco Guarnieri
Elenco Carlos Gontijo, Juliana Ladeira, Larissa Alvanhan, Natália Sanches, Tiago Nogueira Cenografia e Encenação Pedro Braga Desenho e Operação de Luz Lira Alli Figurinos e Caracterização O Grupo Músicos Mariana Paudarco, Pepi Oliveira e Vitor Djun Produção Larissa Alvanhan e Pedro Braga Produção Executiva MPOS Produções - Lailton Araújo e Manoel Pacífico
Confecção das Máscaras
Murilo De Paula
Confecção dos Figurinos
Ray Lopes, Ilza da Silva Santos e Silvana Carvalho
Fotografia de Divulgação
Dhyana Mai
Fotografia de Cena
Isabela Figueiredo e Samara Takashiro
Marcenaria
Zito Rodrigues e Carmo Medeiros Trilha Sonora Vitor Djun Músicas Originais Sérgio Ricardo e Gianfrancesco Guarnieri
AGRADECIMENTOS
A Alice K., Anna Dulce Sales, Antônio Araújo, Bernardo Schmidt, Cléo Moraes, Deborah Rocha, Gabriela Itocazo, Ivan Lemos, Kuka Batista, Laerte Késsimos, Letícia Pillati, Nádia Gebara, Mariana Guedes, Mon Liu, Neusa Mitiura, Otávio Dias, Talita Rebizzi e Tatiana Abitante.
A todos os alunos, professores, funcionários e faíscas do Departamento de Artes Cênicas da USP e da SP Escola de Teatro que, de alguma forma, ajudaram a tornar este projeto possível.
Os navegantes do “Oceano Atlântico” tentam descobrir o segredo das tempestades, calmarias, ondas, marés e águas navegáveis, neste lado continental. Talvez não conheçam a geografia destes mares. A nação da análise é Brasil ou Brazil?
Estando em qualquer porto seguro, as naus dos descendentes lusitanos, franceses, ingleses e holandeses, caminham na monotonia - travestida de “Virada Cultural” - em 2010. São composições, interpretações, textos, poemas, letras e rascunhos. As criações artísticas são livres... As escolhas obscuras! Não podem ser vinculadas aos interesses comerciais dos anunciantes nacionais ou internacionais. Muito menos: multinacionais. Sem quaisquer dúvidas: esse pedaço de chão (cagado e cuspido) pode precisar de uma revolução meio “dente por dente (x) nota por nota (x) letra por letra”. Por aqui existem poetas, compositores, letristas, músicos, fotógrafos e outros aprendizes sérios. É a maioria! A outra parte - pode ou não - está usando o lema: "tenho que me arrumá, senão, perco meu barquinho!” Desculpem a sinceridade! O mar já não é de marinheiro de primeira viagem! Quem não lembra do refrão: “Marinheiro, marinheiro (Marinheiro só)... Quem te ensinou a nadar... Ou foi o tombo do navio... Ou foi o balanço do mar...” (Bi Ribeiro/João Barone).
Muitas obras culturais - da antiga “Terra de Santa Cruz” - são originais. Aquelas tão comuns, massificadas, com a assinatura da mediocridade - ajudam ou não - no nascimento natural de uma concepção artística duvidosa, não crítica, que não recebeu crítica, e que jamais receberá crítica. Quem navega em tal mar poderá se afogar na monotonia; sonolento; em mar calmo. A viagem literária - às vezes - é previsível ou imprevisível. Depende da condução do capitão e marujos da embarcação. Como escrever sem colocar palavras ovais e frases triangulares? Aqui é América do Sul. O Caribe fica lá em cima! Se existem léguas ou milhas marítimas é uma questão de história? Qual é a praia ou litoral? Eles são de fora... “Eu não sou daqui (Marinheiro só)... Eu não tenho amor (Marinheiro só)... Eu sou da Bahia (Marinheiro só)... De São Salvador (Marinheiro só)...” (Adaptação de Caetano Veloso).
Entende-se que o objetivo é a meta necessária. O subjetivo lembra a arte. Chocar um ovo pode ser arte? Depende da ave! Ave César! Ave de rapina! Ave-da-avenida! Ave Maria! Quebram-se as formas! Rompem-se os conceitos e preconceitos! Talvez, aconteçam mudanças! As formações culturais das elites brasileiras soam como afronta ao simples, verdadeiro e genuíno. Será que os povos do Brasil sabem o que é cultura? Monteiro Lobato e Amacio Mazzaropi deixam saudades!
Onde estão os artistas independentes? Será que não se afogaram nos patrocínios estatais do país? As MTV's diárias concorrem com as linguagens das TV’s digitais abertas! E haja amor, chavões, carrões e algumas bundas com silicone! É cultura “cult”, curtida, malhada, de melodias fáceis, harmonias baratas e letras esculachadas. Os brasileiros e brasileiras sentem tesão por bumba! É normal! São formas de mídia, comunicação, música, literatura e sacanagem - sobrevivendo - no mercado do MP4! As gravadoras tornaram-se gravadores caseiros e que computam prejuízos. Os novos direitos autorais dos que criam, já não são garantidos. A internet mutilou a criação do autor? “É a vida, é bonita e é bonita...” (Gonzaguinha).